Significado das Fantasias dos Casais da Unidos do Porto da Pedra 2025

Mais uma publicação sobre os significados das fantasias dos Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira da Série Ouro. O grupo é organizado pela Liga Independente do Grupo A do Rio de Janeiro, mais conhecido como LIGARJ e ocorre em dois dias, sexta e sábado de carnaval.

Essa publicação para o grupo foi uma novidade para o carnaval de 2025, pois tivemos acesso ao livro Abre Alas de ambos os dias de desfiles, com isso, foi possível trazer para todos o mesmo conteúdo que realizamos desde o ano passado com o Grupo Especial.

Quando vemos um casal in loco, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí ou em casa com aquelas fantasias esplêndidas, ficamos curiosos para saber qual o significado da fantasia em que os casais de Mestre Sala e Porta Bandeira estão usando. As escolas da Série Ouro, assim como no Grupo Especial tem o costume de ter entre um e três casais e a maioria das escolas do grupo conta com três casais. 

Todos os casais que passaram pelas dezesseis escolas da Série Ouro vieram muito bem vestidos, mostrando o cuidado e o bom grado dos Carnavalescos com os dançarinos que tanto admiramos.

Veja a seguir o enredo, o quadro de casais e o significado das fantasias dos casais da quinta escola á desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí na segunda noite de desfiles da Série Ouro:

A Unidos do Porto da Pedra entrou no Sambódromo da Marquês de Sapucaí com o enredo 'A História que a Borracha do Tempo Não Apagou', desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes que contava a saga do fundador da Ford, Henry Ford, que tinha uma utopia de criar a "Fordlandia", uma cidade no meio da Amazônia no qual tinha como objetivo ser uma fabrica de látex para os pneus da fabricante de carros. A Escola de São Gonçalo desfilou no dia primeiro de março, sábado de carnaval.


Primeiro Casal: Rodrigo França e Pietra Brum 
Fantasia do Primeiro Casal: Espíritos da Mundurukânia
Criação do Figurino: Mauro Quintaes
Confecção: Não Especificado
Rodrigo e Pietra no desfile da Porto da Pedra em 2025 | Foto: Nobres Casais
O que Significa:
Mestre-Sala: O Primeiro Mestre Sala do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra, Rodrigo França, se apresenta trajado de Karusakaibê, o ser supremo e criador da vida na mitologia Munduruku.
Porta-Bandeira: A Primeira Porta Bandeira do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra, Pietra Brum, se apresenta trajada de I’pi, o espírito da terra na mitologia Munduruku. 

Outras informações julgadas necessárias:
O conjunto de indumentárias do Primeiro Casal do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra se chama “Espíritos da Mundurukânia” representando os espíritos primordiais da criação do mundo Munduruku. “Munduruku, é o sol que brilha lá no norte a nossa voz...” a Unidos do Porto da Pedra inicia seu carnaval se energizando com a força da ancestralidade do povo indígena 61 mais beligerante que ancestralmente dominou a região do Rio Tapajós. Segundo este povo originário, foi na origem de tudo que Karusakaibê modelou do escuro vazio o espírito da terra, I’pi, gerou nela a vida e seus filhos, os Munduruku, que conquistaram o seu território sagrado e o chamaram de Mundurukânia. Karusakaibe e I’pi são o ventre que gerou o mundo!

Segundo Casal: Jhonny Mattos e Joyce Santos 
Fantasia do Segundo Casal: O Poder dos Clãs Munduruku
Criação do Figurino: Mauro Quintaes
Confecção: Não Especificado
Jhonny e Joyce no desfile de 2025 | Foto: Nobres Casais
O que Significa:
Mestre-Sala: O Segundo Mestre-Sala do G.R.ES. Unidos do Porto da Pedra, Johny Matos, se apresenta trajado de “Clã Branco” uma das linhagens familiares de poder que constituem o povo Munduruku. Porta-Bandeira: A Segunda  Porta-Bandeira do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra, Joyce Santos, se apresenta trajada de “Clã Vermelho” uma das linhagens familiares de poder que constituem o povo Munduruku. 

Outras informações julgadas necessárias:
A indumentária do Segundo Casal do G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra se chama “O Poder dos Clãs Munduruku” representando as linhagens familiares dos Munduruku que prospectam o futuro deste povo originário. A organização política e social dos Munduruku se ramifica em dois signos de poder: O branco e o vermelho. É assim que as duas linhagens 63 familiares se reconhecem entre todos os Munduruku, e desta forma, são feitos os casamentos, organizações de aldeias e perpetuação dos costumes e tradições entre os Munduruku.

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