Série – Rosa Magalhães e os Nobres Casais: Todos os Casais que passaram na Trajetória da Grande Professora part. 8

Por Vitória de Moraes

Esta é a oitava e última publicação dos casais de Mestre Sala e Porta Bandeira que passaram pela carreira de Rosa Magalhães, a publicação de hoje é sobre os últimos carnavais da carnavalesca na carreira e a adição dos significados das fantasias dos casais de Mestre Sala e Porta Bandeira que dançaram com Rosa Magalhães.

Dois carnavais na Portela, retorno ao Estácio de Sá e Imperatriz Leopoldinense e seu último carnaval assinado na Paraíso do Tuiuti

Chegada da Portela 

No ano de 2018, a carnavalesca acertou com a tradicional Portela e neste ano, o enredo da carnavalesca foi De Repente de Lá pra Cá e 'Dirrepente' Daqui para Lá, que falou da imigração de Judeus Europeus no Recife, no nordeste brasileiro no século XVII e que foram expulsos por Portugueses anos depois e que imigraram para os Estados Unidos no qual fundaram a cidade de Nova York. Apesar do visual simples, devido ao corte de verba realizado pelo então prefeito Marcello Crivella, a Portela terminou em quarto lugar, voltando no desfile das campeãs e ficando apenas dois décimos atrás da então campeã, Beija Flor de Nilópolis.

A escola de Oswaldo Cruz e Madureira trouxe de volta Lucinha Nobre para o Posto de Primeira Porta Bandeira, após 6 anos afastada Juntamente com ela, veio o experiente Mestre Sala, Marlon Lamar, que já havia trabalhado com a mesma no ano anterior na Unidos do Porto da Pedra. O Segundo Pavilhão era defendido pelo grande Casal Yuri Souzah e Camylinha Nascimento e o terceiro casal era defendido por Emanuel Lima e Rosilaine Queiroz

Trajetória Primeiro Casal
Marlon deu seus primeiros passos como Mestre sala na AMESPBEESP (Associação de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte de São Paulo), sendo Mestre Sala Mirim da escola Príncipe Negro. Tem passagem por escolas como Combinados de Sapopemba, Dragões da Real, Império de Casa Verde, Mocidade Unida da Mooca e União Imperial. Chegou no carnaval carioca após receber o convite para dançar na Unidos do Porto da Pedra em 2017 para dançar ao lado de nada mais nada menos do que Lucinha Nobre. Em 2018, estreou na Portela onde permanece até os dias de hoje.

Marlon Lamar e Lucinha Nobre em 2018 | Foto: Juliana Dias / SRZD
Lucinha deu seus primeiros passos na escola mirim Alegria da Passarela, escola que antecedeu a escola mirim Aprendizes do Salgueiro no ano de 1984. Assumiu o pavilhão de uma escola “adulta” em 1989, pela Mocidade Independente de Padre Miguel, onde permaneceu até o ano de 1998. Tem passagens por escolas como Inocentes de Belford Roxo, Unidos da Tijuca e Unidos do Porto da Pedra, chegou na Portela em 2018 onde permaneceu até o carnaval de 2023. 

Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Encontro das Cultura
Desenho da Indumentária do Primeiro Casal da Portela
O que Representa: A fantasia representa os “Encontros culturais”. Especificamente, ela ressalta a mistura entre as culturas judaicas e nordestinas, a partir da fusão de seus elementos, mas visando a uma mensagem mais ampla. Os encontros culturais são atemporais, e, no contato entre os povos que se espalharam pelo planeta com as populações nativas, desenhou-se a miscigenação, biológica e cultural, que fez surgir o mundo tal qual nós conhecemos hoje.

Trajetória Segundo Casal
Yuri deu seus primeiros passos na tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio e tem vasta experiencia no carnaval carioca, tendo passagens por escolas como Arame de Ricardo, Arranco do Engenho de Dentro, Beija Flor de Nilópolis, Boêmios de Inhaúma, Em Cima da Hora, Independente de Nova América, Paraíso do Tuiuti, Sereno de Campo Grande, Unidos da Ponte, Unidos da Vila Rica, Unidos da Vila Santa Tereza e Vizinha Faladeira. O Mestre Sala permaneceu de 2018 até o ano de 2023 na escola de Oswaldo Cruz e Madureira.

Yuri e Camilynha no desfile da Portela 2018 | Foto: Nobres Casais
Camylinha é neta da lendária Porta Bandeira Vilma Nascimento e deu seus primeiros passos na escolinha de Mestre Sala e Porta Bandeira que sua avó dirigia na Tradição. Tem passagens por escolas como Tradição e Unidos da Ponte. Camyla saiu da Portela após o carnaval de 2023 e atualmente é Primeira Porta Bandeira da escola de samba Flamanguaça.

Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Recife, Cidade dos Sonhos
Desenho da Indumentária do Segundo Casal da Portela
O que Representa: A Recife do século XVI, administrada por Maurício de Nassau, é uma cidade que recebe importantes intervenções urbanas. Multicultural, em suas ruas coexistem o holandês, o português e o judeu, compondo um quadro de maior tolerância e diversidade que qualquer colônia lusitana. É esta cidade, iluminada pelo sol dos trópicos, que acalenta o sonho de paz dos Judeus após fugirem da Europa.

Trajetória Terceiro Casal
Emanuel deu seus primeiros passos no samba na passos no samba na própria Portela, como passista no ano de 2006, no ano de 2018 foi promovido à terceiro Mestre Sala para dançar ao lado de Rosilane Queiroz, cargo que permaneceu até 2020, em 2022 foi promovido ao cargo de Segundo Mestre Sala, onde permanece até hoje. 

Emanuel e Rosilane, o Terceiro Casal da Portela | Foto: Gabriel Nascimento
Rosilane foi uma grande Porta Bandeira da nossa festa, tendo iniciado sua carreira na função no Império da Tijuca, passagens por escolas como Acadêmicos do Sossego, Inocentes de Belford Roxo e Unidos da Villa Santa Tereza. Chegou na Portela em 2013 e alternou entre as funções de Segunda e Terceira Porta Bandeira da Azul e Branca de Oswaldo Cruz e Madureira, onde permaneceu até o carnaval de 2023. Atualmente se encontra afastada da dança.

Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Os Donos da Terra
Desenho da Indumentária do Terceiro Casal da Portela
O que Representa: Representa os Índios moicanos, povo nativo que habitava a região às margens do rio Hudson, onde se ergueu Nova Amsterdã. A tribo mantinha intensa relação comercial com o povoado, sobretudo em virtude do alto valor alcançado pelo comércio de pele.

No ano de 2019, Rosa Magalhães propôs o enredo Na Madureira Moderníssima, Hei Sempre de Ouvir Cantar um Sabiá, uma homenagem à Clara Nunes, uma das maiores baluartes da escola de Madureira. A escola veio com um samba forte, que tocava o coração da sua comunidade e dos sambistas, além de trazer Lucinha Nobre, a Primeira Porta Bandeira vestida em homenagem à Clara. A escola terminou em quarto lugar, voltando no desfile das campeãs.

O quadro de Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira da escola de Oswaldo Cruz e Madureira era formado por três casais, sendo o primeiro casal sendo Marlon Lamar e Lucinha Nobre, o Segundo Casal sendo Yuri Souzah e Camylinha Nascimento e o terceiro casal formado por Emanuel Lima e Rosilane Queiroz. A trajetória dos Casais já foram contados, agora contaremos só sobre as fantasias do ano.
Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Seres de Luz
Marlon e Lucinha no carnaval de 2019 | Gabriel Nascimento 
O Que Representa: Neste Carnaval de 2019, a porta-bandeira Lucinha Nobre representa a cantora Clara Nunes. O Mestre-sala Marlon Lamar, a Águia da Portela. Eles são “seres de luz”, entidades que iluminam uma legião de seguidores apaixonados. O elegante bailar de nosso casal alude ao enlace entre a escola de samba e a cantora, uma união que se perpetuará através dos anos, para muito além do plano terreno. Juntamente com os guardiões e com o carro abre-alas, eles compõem um cenário inspirado na capa do LP “Nação”, último da carreira de Clara.


Desenho da Indumentária do Primeiro Casal no carnaval de 2019


Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: O Primeiro Carnaval da Portela

Camilynha e Yuri no carnaval de 2019 | Foto: Nobres Casais 

O que Representa: O carnaval de 1924, ano em que a pintora Tarsila do Amaral visitou o coreto de Madureira, foi o primeiro após a fundação de nossa escola. Com motivos carnavalescos, a fantasia de nosso segundo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Camylla Nascimento e Yuri Souza, lembra este fato e tem o título de “O primeiro carnaval da Portela”.


Indumentária do Segundo Casal da Portela 2019



Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Festas Folclóricas de Minas
Emanuel e Rosilane no carnaval de 2019 | Foto: Fernando Grilli
O que Representa: Nosso terceiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira representa as “festas folclóricas de Minas”. A fantasia da Porta Bandeira Rosilaine Queiroz é inspirada nas Pastorinhas.
A do Mestre Sala Emanuel Lima, na Folia de Reis. Eles aludem às tradições culturais herdadas por Clara Nunes ao longo de sua infância.
Indumentária do Terceiro Casal da Portela em 2019



Em 2022, Rosa Magalhães acertou seu retorno à Imperatriz Leopoldinense, escola que a consagrou como uma das grandes carnavalescas de nossa festa. Para este ano, foi proposto o enredo Meninos Eu Vivi... Onde Canta o Sabiá, Onde Cantam Dalva e Lamartine, uma homenagem ao seu grande mestre, o grande carnavalesco multi campeão do carnaval carioca, Arlindo Rodrigues, falecido no ano de 1987. 

A Imperatriz Leopoldinense havia voltado ao Grupo Especial do Rio de Janeiro naquele ano, após um ano na Série Ouro e Rosa Magalhães conseguiu um resultado modesto de um décimo lugar e que marcou o fim da grandiosa parceria de Rosa e Imperatriz, marcando o vigésimo carnaval assinado pela carnavalesca pela escola.

Os Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira que dançaram sob a assinatura de Rosa Magalhães foi Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro como Primeiro Casal, Marcos Ferreira e Laryssa Victória como Segundo Casal e Juan Carlos e Clara Omena como Terceiro Casal.

Trajetória Primeiro Casal
Thiaguinho deu seus primeiros passos a função na Mocidade Unida da Cidade de Deus e Renascer de Jacarepaguá tendo passagens por escolas como Difícil é o Nome, Portela e União da Ilha do Governador. Chegou na Imperatriz Leopoldinense em 2017, onde permaneceu até 2022, todos esses anos dançando ao lado de Rafaela Theodoro. Atualmente é Segundo Mestre Sala da Unidos do Viradouro e dança com Amanda Poblete.

Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro na volta da Imperatriz Leopoldinense ao Grupo Especial | Foto: Marco Antônio Teixeira
Já Rafaela deu seus primeiros passos no carnaval através de sua avó, dona Luiza, que também era Porta Bandeira. Sua avó à levava na tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio para aprender as técnicas de Porta Bandeira, embora resistente no inicio, acabou se interessando pela arte e não parou mais. Teve uma passagem pela Unidos de Vila Isabel como Segunda Porta Bandeira e depois de dois anos na escola de Noel, assumiu o primeiro pavilhão da Imperatriz Leopoldinense em 2011 onde permanece até hoje.

Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Imperatriz – A Manequim dos Sonhos de Arlindo
O que Representa: Um manequim é apenas um boneco ou pode ser uma pessoa, um modelo? Uma fantasia é um sonho ou uma roupa que cria essa ilusão? Nosso casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, nesse “entre caminho” de sonho e realidade, teatro e carnaval, veste o verde, o branco e o ouro da Imperatriz, personificado a escola na imagética de Arlindo. Arlindo era curva, emoção e nuances assimétricas. As formas sinuosas, arabescas e barrocas presentes no traje do casal, são como ideias que reaparecem de modo constante em toda obra do carnavalesco e que também caracterizam o estilo romântico, histórico, barroco e tradicional da Rainha de Ramos desde sua fundação. Conhecida como o par perfeito de Arlindo, a Imperatriz é representada pelo Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira como a escola que nasceu para vestir suas fantasias, o manequim perfeito para suas criações.

Trajetória Segundo Casal
Marcos iniciou sua trajetória no carnaval no Estácio de Sá como passista mirim com apenas 8 anos e foi na própria escola do São Carlos que teve sua primeira experiência como Mestre Sala, com apenas 13 anos. Teve uma longa passagem como Segundo Mestre Sala do Estácio, onde permaneceu de 2017 até 2022 e também uma passagem pela Beija Flor de Nilópolis, onde dançou por cinco anos. Está na Imperatriz Leopoldinense desde 2022.
Marcos e Laryssa no desfile da Imperatriz em 2022 | Fotos: Nobres Casais 
Laryssa iniciou sua trajetória como Porta Bandeira na tradicional escola Manoel Dionísio. Em 2015 defendeu o pavilhão da Boca de Siri, atual Siri de Ramos e não parou mais. Teve passagens por escolas como Tijuquinha do Borel, Estácio de Sá, além de ter defendido os primeiros pavilhões da Unidos da Porto da Pedra e Embaixada do Morro de Guaratinguetá, de São Paulo. Laryssa também é fundadora e instrutora do projeto Dance o Seu Sonho. Estreou como Segunda Porta Bandeira da Imperatriz Leopoldinense em 2022, onde ficou até o carnaval de 2023. Atualmente é Primeira Porta Bandeira do Arranco do Engenho de Dentro e estreara na função no carnaval de 2025 ao lado de Diego Falcão.

Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: O Passado Glorioso – A Aura Brasileira Da Bahia Colonial
O que Representa: A fantasia do Segundo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Imperatriz traz a brasilidade das cores tropicais que despontaram em meio ao barroco clássico da Bahia no desfile de Arlindo Rodrigues pela escola no carnaval de 1980. Na avenida, eles serão um sopro desta brasilidade original, como se todo o estilo colonial do lugar se banhasse de verde-e-amarelo, refletindo os matizes nacionais. Os grafismos, de motivos florais e aquáticos, remontam a azulejaria das casas e igrejas, enquanto o corselete (Porta Bandeira) e as demais peças do casal reproduzem os cortes das indumentárias clássicas da nobreza dos tempos de colônia.

Trajetória Terceiro Casal
Juan deu seus primeiros passos na função de na escola mirim Corações Unidos do CIEP, foi aluno do projeto social de Mestre Sala e Porta Bandeira da Imperatriz Leopoldinense, onde foi promovido à Terceiro Mestre Sala, que permaneceu somente no carnaval de 2022. Atualmente é aluno do projeto da Unidos de Vila Isabel, Celeiro de Bambas.

Juan e Clara no desfile da Imperatriz em 2022 | Fotos: Nobres Casais
Clara deu seus primeiros passos como Porta Bandeira na tradicional escola de Mestre Sala e Porta Bandeira Manoel Dionísio e é desde 2022 Segunda Porta Bandeira da Unidos de Lucas. Assim como Juan, Clara também participou do Projeto Social da Imperatriz Leopoldinense. Tem passagem pela escolas Acadêmicos do Recreio e além de ser Porta Bandeira do Bloco Carnavalesco do Barriga e Segunda Porta Bandeira da escola Bem Vindo do carnaval de Niterói.

Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária:
O que Representa

Último Ato na Paraíso do Tuiuti
O carnaval de 2023 marca o último desfile assinado pela carnavalesca Rosa Magalhães e para isso, a escola de São Cristóvão trouxe para fazer dupla com a carnavalesca o carnavalesco João Vitor Araújo. Neste ano, os carnavalescos resolveram trazer o enredo Mogangueiro da Cara Preta, que falaria da chegada dos Búfalos ao Brasil, na Ilha do Marajó, no estado do Para, Região Norte do país, passando pelo icônico compositor, Mestre Damasceno, que por coincidência é compositor do samba do Acadêmicos do Grande Rio de 2025, mas isso é outra história... Mestre Damasceno é criador Búfalo-Bumbá, um ajuste do auto do boi, além de passar pela orixá feminina Iansã, cujo o animal sagrado é Búfalo.

Os Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira que dançaram sob a assinatura de Rosa Magalhães foi Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane como Primeiro Casal e Leonardo Thomé e Rebeca Tito como Segundo Casal.

Rosa Magalhães se despediu do carnaval sem nós, o grande público saber que era uma despedida e foi com um oitavo lugar que muitos dizem que a escola deveria voltar ao desfile das campeãs. A escola de São Cristóvão veio bem plasticamente assim como mandava a professora e um samba forte cantado por Wander Pires. Esperávamos uma despedida oficial da professora porém, a perdemos de forma abrupta.

Trajetória Primeiro Casal
Raphael é um dos mais experientes Mestres Sala do carnaval carioca, tendo dado seus primeiros passos na tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio, além de ter atuado como instrutor do projeto que lançou para o mundo. Tem passagens por escolas como Estação Primeira de Mangueira, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos de Vila Isabel e Unidos do Viradouro. Chegou no Paraíso do Tuiuti no ano de 2022, um ano antes deste desfile.

Raphael e Dandara no desfile da Tuiuti em 2023 | Foto: Vitor Mello
Dandara é oriunda de uma família de sambistas, sendo neta do icônico compositor Martinho da Vila. Deu seus primeiros passos como passista, até se encontrar como Porta Bandeira e estreou na Unidos de Vila Isabel em 2013 como Terceira Porta Bandeira, em 2015 foi promovida a Primeira Porta Bandeira e tem passagem por escolas como Acadêmicos da Rocinha e União da Ilha do Governador. Chegou ao Paraíso do Tuiuti em 2022 onde permanece até hoje.

Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da IndumentáriaFlor de Lótus
O que RepresentaO Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira do Paraíso do Tuiuti carrega o significado da flor de lótus que é importante para a cultura oriental, principalmente, a indiana. Raphael e Dandara simbolizam a pureza do corpo e da mente, o renascimento. 


Figurino desenhado por Rosa Magalhães e João Vitor Araújo| Imagem: Extraída do Livro Abre Alas
A trajetória do búfalo até o Brasil nada mais é do que uma história de renascimento. A dupla emana energia positiva, apresentando bailado tradicional e característico da dança de Mestre Sala e Porta Bandeira com a introdução de elementos da arte indiana e marajoara.

Indumentária Guardiões Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Séquito de Nobres Indianos
Figurino desenhado por João Vitor Araújo e Rosa Magalhães| Imagem: Extraída do livro Abre Alas
O Que Representa: Em cortejo e comitiva, os Nobres Indianos guardam o casal, protegem a Lótus das Índias, que empregam em suas mãos o Pavilhão da Escola. O cortejo é em proteção ao tesouro das Índias e ao Tesouro do Tuiuti.

Trajetória Segundo Casal
Leonardo deu seus primeiros passos no samba da ala das crianças da Beija Flor de Nilópolis e vendo o icônico Mestre Sala Claudinho dançar, que despertou o interesse de ser Mestre Sala. Ingressou na icônica escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio em 2010 e nunca mais parou de dançar. Tem passagens por escolas como Acadêmicos da Abolição, Alegria da Zona Sul, Em Cima da Hora, Leão de Nova Iguaçu, Lins Imperial, Matriz de São João de Meriti e Sereno de Campo Grande. Chegou na escola de São Cristóvão para o carnaval de 2022, onde permanece até hoje.

Leonardo Thomé e Rebeca Tito no desfile da Tuiuti em 2023 | Foto: Serginho Bitencourt
Rebeca deu seus primeiros passos ainda na infância, como passista mirim da Tijuquinha do Borel, escola mirim vinculada à Unidos da Tijuca. Pouco tempo depois, ainda criança, entrou na tradicional escola Madureira Toca, Canta e Dança, de Valdir Galo e Estelita Silva e se apaixonou pela arte dos Casais. Tem passagens por escolas como Inocentes da Caprichosos, Filhos da Águia, Unidos de Maricá e Unidos de Vila Kennedy. Para o carnaval de 2015, venceu o concurso para Terceira Porta Bandeira da Paraíso do Tuiuti e em 2016 foi promovida à Segunda Porta Bandeira onde permanece até os dias de hoje.

Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Chão de Parauara
O Que Significa:  O segundo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Paraíso do Tuiuti marca a chegada em terra firme à Ilha do Marajó. O traje de Leonardo e Rebeca traz estilo artístico tão Representativo do lugar.

Figurino desenhado por Rosa Magalhães e João Vitor Araújo| Imagem: Extraída do livro Abre Alas

Rosa Magalhães está no Hall dos grandes carnavalescos de nossa festa, ao lado de Arlindo Rodrigues, Fernando Pamplona, Fernando Pinto, Joãosinho Trinta e Maria Augusta. Sempre será lembrada pelo seu requinte, bom gosto, irreverência e uma mente brilhante que todos nós, de todas as épocas, podemos apreciar a genialidade de uma professora.

Obrigada a todos que acompanharam mais uma série de publicações do site, é um prazer contar histórias relacionados aos casais de Mestre Sala e Porta Bandeira do nosso carnaval. Contar histórias dos Casais e de Rosa Magalhães encheu meu coração de felicidade, já que pude reviver muitos desfiles que fizeram parte de minha vida e se muitos casais que vi dançar e que foram muito bem vestidos e respeitados por Rosa Magalhães. Até a próxima série de publicações.
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