Por Vitória de Moraes
A magia do carnaval acontece quando vemos um casal de Mestre Sala e Porta Bandeira evoluir sua dança sob nossos olhos.
Quando é visto que um casal de Mestre Sala e Porta Bandeira está bem vestido defendendo seu pavilhão, sendo ele Primeiro, Segundo ou Terceiro Casal, entendemos que de fato, essa magia nos tocou e entrou dentro de nós.
Retornamos a Série de Significados de Fantasias dos Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Como dito na série dos casais da Série Ouro, todos os casais que passaram pelo o Grupo Especial vieram muito bem vestidos, o que mostrou o cuidado e o bom grado que os carnavalescos das doze escolas do grupo tiveram com seus casais, mostrando a real importância que duas pessoas tem dentro de uma escola de samba: a importância de empulhar um pavilhão que representa uma nação e guarda histórias importântíssima para um grupo específico.
Veja a seguir o enredo, o quadro de casais e o significado das fantasias dos casais da Segunda Escola á desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí na Primeira noite de desfiles do Grupo Especial:
A Imperatriz Leopoldinense foi a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval, dia dois de março de 2025 e veio com o enredo Ómi Tútu ao Olúfon - Água fresca para o senhor de Ifón, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira e contou o itan sobre a visita de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô e sua prisão por sete anos.
O quadro de Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira da Imperatriz Leopoldinense é composto de dois casais, sendo o primeiro formado por Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro e o segundo formado por Marcos Ferreira e Laryssa Victória.
Primeiro Casal: Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro
Fantasia do Primeiro Casal: Axé Funfum
Criação do Figurino: Leandro Vieira
Confecção: Não Especificado
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Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro no desfile da Imperatriz em 2025 | Foto: Nobres Casais |
O que Significa:
Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro vestem o predomínio da cor branca associada a Oxalá. Localizados no setor batizado de “O cortejo funfum”, eles se inserem conceitualmente em uma abertura de desfile que funciona como uma espécie de tributo aquele que é conhecido como “o senhor da cor branca”. Cobertos por signos associados à deidade funfum celebrada pelos nagôs como o “pai da criação”, o figurino que veste o casal se vale de adornos estéticos de contornos africanizados.
Segundo Casal: Marcos Ferreira e Laryssa Victória
Fantasia do Segundo Casal: Oxalá é o Dono do Lugar
Criação do Figurino: Leandro Vieira
Confecção: Não Especificado |
Marcos Ferreira e Laryssa Victória no desfile da Imperatriz em 2025 | Foto: Nobres Casais |
O que Significa:
O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira está localizado no setor que aborda as troças realizadas por Exu em seus encontros com Oxalá até que as roupas brancas levadas para a viagem do rei de Ifón até Oyó fossem gastas. Ele personifica Exu. Veste gorro, se enfeita de vermelho, preto, búzios e ostenta suas cabaças ritualísticas. Ela, como Oxalá, veste saia e ostenta coroa (adê). Afinado com o enredo e a narrativa, o traje de Oxalá vestido pela porta-bandeira não se exibe alvo em função das contendas ao longo do caminho