Por Vitória de Moraes
Esta é a sétima publicação dos casais de Mestre Sala e Porta Bandeira que passaram pela carreira de Rosa Magalhães. A publicação de hoje é a penúltima publicação da série, sendo um ano com a última dupla jornada da carreira da carnavalesca e uma passagem marcante da carnavalesca na preta e amarela de Botafogo. Ao decorrer do avanço das histórias, será adicionado os segundos casais que dançaram sobre a assinatura de um carnaval de Rosa e com a liga trazendo o famoso Livro Abre Alas, poderemos trazer os significados das fantasias de cada casal.
Última dupla Jornada de Rosa em Dragões e Estação Primeira de Mangueira e uma Passagem Marcante na São Clemente
No carnaval de 2014, Rosa Magalhães fez sua última dupla jornada da sua carreira, fazendo Rio de Janeiro e São Paulo, com Estação Primeira de Mangueira e Dragões da Real.
Na Dragões da Real, Rosa desenvolveu o enredo Um Museu de Grandes Novidades, que falavam sobre a cultura pop em geral nas décadas de 1970 e 1980. A escola de samba da Zona Oeste da Capital veio com alegorias grandiosas e bem acabadas, o que culminou terminando em quinto lugar, empatada com o Acadêmicos do Tucuruvi.
Trajetória Primeiro Casal
Uma simples brincadeira durante um ensaio da Mocidade Alegre, em 1997, mudou a vida de Rubens. Ao imitar o Primeiro Casal Murilo e Sônia, ele despertou a atenção da diretoria e foi convidado para integrar o quadro de Mestre Sala no ano seguinte da sua imitação. Esse convite marcou o início de uma longa e exitosa carreira no carnaval. Por lá, dançou de 1998 até 2005, passou também por escolas como Águia de Ouro e Unidos do Peruche, no intervalo de uma a outra, teve a sua primeira passagem pela Dragões da Real, de 2005 até 2006. Retornou a escola no carnaval de 2010, onde permanece até hoje.
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| Rubens e Lyssandra no desfile de 2014 na Dragões da Real | Foto: Jovem Pan |
Já Lyssandra Grooters chegou no carnaval paulistano em 2003, sendo oriunda da Baixada Santista para fazer parte da Águia de Ouro, mas passou 9 anos na Ala de Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira da escola do Pompeia. Tem passagens por escolas como União Imperial, X-9 Paulistana e integrou a Dragões da Real ao lado de Rubens de Castro, dos anos de 2012 até 2016, sendo o último casal paulista a dançar com uma Indumentária sob a assinatura de Rosa Magalhães.
Já na Estação Primeira de Mangueira Mangueira, Rosa propôs o enredo A Festança Brasileira cai no Samba com a Mangueira, uma celebração a toda diversidade cultural do Brasil, além de fazer uma homenagem ao povo brasileiro que luta o ano inteiro e que espera uma data pra comemorar, no CARNAVAL ou no SÃO JOÃO e também na festa da diversidade LGBTQIAPN+ que ocorre todos os anos na Avenida Paulista em São Paulo. A carnavalesca aproveitou os 500 anos do “Descobrimento” do Brasil homenagear diversas festas famosas durante todos esses anos. Apesar do samba forte e que ganhou a cidade, a Mangueira veio com alguns problemas de Alegorias e Adereços, fez que a escola terminasse em oitavo lugar e ficando mais um ano fora do desfile das campeãs.
A escola de Mangueira contava com dois casais de Mestre Sala e Porta Bandeira, sendo o Primeiro Casal de Mestre Sala formado por Raphael Rodrigues e Squel Jorgea e o Segundo Casal formado por Matheus Olivério e Débora Almeida.
Chegada de Rosa Magalhães na São Clemente
No ano de 2015, Rosa Magalhães propôs o enredo A Incrível História do Homem que Só Tinha Medo da Matinta Pereira, da Tocandira e da Onça Pé de Boi, uma homenagem a um dos seus mestres, Fernando Pamplona, icônico carnavalesco do Acadêmicos do Salgueiro, passando por todas as fases de sua vida, de sua infância ter ido pro Acre com sua família após a revolução de 1930, tendo medo em sua infância da Matinta Pereira, uma idosa | bruxa que a noite vira pássaro, que geralmente é uma coruja, a Tocandira, que é uma formiga carnívora de grande ferrão que é muito encontrada na mata atlântica e Onça Pé de Boi, que é uma onça pintada mitológica que tinha pés de boi (como o próprio nome dela diz) e Fernando ao voltar ao Rio de Janeiro, se tornou um dos grandes acadêmicos formado em Bellas Artes, sendo um dos primeiros a fazer esta ponte da academia para o carnaval, sendo um dos maiores carnavalescos do carnaval e da escola do Andaraí | Tijuca. Apesar do grande desfile, que todos apontavam a volta da escola nos desfiles das campeãs, a escola terminou em oitavo lugar e fora das campeãs.
A escola de Botafogo contava com três casais de Mestre Sala e Porta Bandeira, sendo o Primeiro Casal de Mestre Sala formado por Fabrício Pires e Denadir Garcia, Segundo Casal formado por Anderson Lima e Munike Namour e o Terceiro Casal é formado por Tchetchelo e Érica Duarte.
Trajetória Primeiro Casal
Fabrício desde muito cedo frequenta escolas de samba, através de sua família, frequentava as escolas Unidos de Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense e Caprichosos de Pilares, foi em Pilares que se encantou pela arte de Mestre Sala e Porta Bandeira. Quando em um dos ensaios em 1989, o Mestre Sala Tiãozinho, começou a dançar e fez com aquela criança se apaixonasse pela dança. Fabricio iniciou sua carreira em 1991, com apenas 10 anos, na escola mirim Inocentes da Caprichosos. Tem passagens pelas escolas Caprichosos de Pilares, Tradição, Unidos do Cabuçu, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos do Porto da Pedra, São Clemente, Acadêmicos do Sossego e Acadêmicos de Niterói.
Denadir é uma das mais experientes Porta Bandeira do nosso carnaval, tendo iniciado sua trajetória na função na Mocidade Independente de Padre Miguel. A Porta Bandeira tem passagens por escolas como Caprichosos de Pilares, Renascer de Jacarepaguá, Unidos da Tijuca, Unidos de Vila Isabel e Unidos do Porto da Pedra. Atualmente é coreografa do Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira do Arranco do Engenho de Dentro, Diego Falcão e Laryssa Victória.
Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Realeza Africana
O que Representa: Tema inovador na época, trazido à avenida pelas mãos de Pamplona.
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| Fabricio e Denadir no desfile de 2015 | Foto: Acadêmia do Samba |
Trajetória Segundo Casal
Não há muitos relatos da trajetória de Anderson, somente que dançou do ano de 2011 até 2017 (talvez até 2018, pois há registros de Anderson como Segundo Mestre Sala) na São Clemente.
Munike é uma experiente dançaria que atua desde 2000 como professora de Ballet e Jazz, como Porta Bandeira, deu seus primeiros passos na tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio e tem extensa experiência no função, tendo passagens por escolas como Acadêmicos da Abolição, Acadêmicos do Vidigal, Grupo dos 15 de Niterói, Mel do Futuro, Sabiá de Niterói, União da Ilha do Governador e União do Parque Curicica, além de ter sido por anos Porta Bandeira da São Clemente.
Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: A Arte Salgueirense
O que Representa: O bom gosto às inovações influenciadas pela estética da Escola de Belas Artes.
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| Anderson e Munike no desfile da São Clemente de 2015 | Foto: Portal Academia do Samba |
Trajetória Terceiro Casal
Tchetchelo iniciou sua trajetória no carnaval na própria São Clemente e durante uns intervalos desde 1992 teve passagens pela Mocidade Unida de Santa Marta, onde desde 2018 é Primeiro Mestre Sala da escola. Além de ter uma longa história com a Mocidade Unida de Santa Marta e São Clemente, Tchetchelo tem passagens por escolas como Unidos de Padre Miguel e Unidos de Villa Rica.
Érica deu seus primeiros passos em escola de samba na Vizinha Faladeira e passou pela tradicional escola de Mestre Sala, Porta Bandeira e Porta Estandarte Manoel Dionísio. A Porta Bandeira tem passagem por escolas como Mocidade de Vicente de Carvalho, Vizinha Faladeira, Unidos de Lucas, Unidos de Padre Miguel e Unidos do Cabuçu.
Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Nobres Holandeses do Período de Nassau
O que Representa: Representados no enredo “Festa para um Rei Negro”.
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| Tchetchelo no desfile da São Clemente em 2015 | Foto: Portal Academia do Samba |
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| Érica Duarte no desfile da São Clemente| Foto: Portal Academia do Samba |
A escola de Botafogo contava com três casais de Mestre Sala e Porta Bandeira, sendo o Primeiro Casal de Mestre Sala formado por Denadir Garcia e Fabrício Pires, Segundo Casal formado por Anderson Lima e Munike Namour e o Terceiro Casal é formado por Tchetchelo e Érica Duarte. Suas trajetórias foram contadas acima, mantendo aqui somente as indumentárias do Primeiro, Segundo e Terceiro Casal.
Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Amor Palhaço
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| Fabricio Pires e Denadir Garcia em 2016| Foto: Thomaz Silva / Agência Brasil |
O que Representa: O velho tema de amor entre o palhaço e a bailarina, estrela do espetáculo.
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| Desenho da fantasia do Primeiro Casal |
Nome da Indumentária: Mateus e Catirina
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| Anderson e Munike no desfile de 2016 | Foto: Anderson Mello |
O que Representa: São Palhaços Típicos das Festas de Boi Bumbá.
Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Palhaços folclóricos
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| Tchetchelo e Erica no desfile de 2016 | Foto: André Melo Andrade |
O que Representa: Representam a alegria das festas do interior do Brasil, principalmente no Nordeste.
Em 2017, a carnavalesca trouxe para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí o enredo Oniauáquimalopanse, que é a transcrição fonética de honi soit qui mal y pense, que tem o significado Maldito Aquele que Pensar Mal de Mim. O enredo contava a história de Luis XIV, conhecido como Rei Sol, um monarca de uma França que tinha um tipo de governo a Monarquia Absolutista e que não gostava de governar e com isso, nomeou Nicolas Fouquet, como Ministro das Finanças. Nicolas mandou construir um Palácio tão esplêndido e graciosos, que posteriormente ficou conhecido como Palácio de Versailles, que causou desconfiança de Luis sobre a honestidade de seu ministro, o que condenou em prisão perpétua Fouquet e confiscou todas as suas finanças. Mesmo com todo requinte e luxo que os carnavais de Rosa Magalhães nos acostumou, a São Clemente terminou em nono lugar.
A escola de Botafogo contava com dois casais de Mestre Sala e Porta Bandeira, sendo o Primeiro Casal de Mestre Sala formado por Denadir Garcia e Fabrício Pires, Segundo Casal formado por Anderson Lima e Munike Namour e o Terceiro Casal é formado por Tchetchelo e Érica Duarte. Suas trajetórias foram contadas acima, mantendo aqui somente as indumentárias do Primeiro, Segundo e Terceiro Casais.
Indumentária Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: O Sol e Sua Luz
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| Fabricio e Denadir no desfile de 2017 | Foto: Rafael Arantes |
O que Representa: Símbolo do poder do Rei Luis XIV, o sol e o brilho de sua luz, inspiram a criação dos trajes do primeiro Casal de Mestre e Porta Bandeira.
Indumentária Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Seres Mitológicos
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| Anderson e Munike no desfile em 2017 | Foto: Portal Galeria do Samba |
O que Representa: Os seres marinhos, personagens da mitologia grega que decoram os artísticos chafarizes do palácio.
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| Desenho da fantasia do Segundo Casal |
Indumentária Terceiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Nome da Indumentária: Bibelôs de Porcelana
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| Érica Duarte e Tchetchelo no desfile de 2017: Foto: Fernando Grilli |
O que Representa: Elementos da decoração dos salões do pálacio.
